Portanto, a tarefa primitiva do homem consiste em descobrir os nomes verdadeiros da mulher, não em usar indevidamente esse conhecimento para ganhar controle sobre ela, mas, sim, para captar e compreender a substância numinosa de que ela é feita, para deixar que ela o inunde, o surpreenda, o espante e até mesmo o assuste.
Também para ficar com ela. Para entoar seus nomes para ela. Com isso os olhos dela brilharão. E os dele também. No entanto, para que não descansemos antes da hora, há ainda um outro aspecto da identificação da dualidade, um aspecto ainda mais apavorante, porém essencial a todos os amantes. Enquanto um lado da natureza dual da mulher pode ser chamado de vida, a irmã "gêmea" da vida é uma força chamada morte. A força chamada morte é uma das bifurcações magnéticas do lado selvagem. Se aprendermos a identificar as dualidades, acabaremos dando de cara com a caveira descarnada da natureza da morte. Dizem que só os heróis conseguem suportar a visão. O homem selvagem sem dúvida consegue. A mulher selvagem, sem a menor sombra de dúvida, consegue. Na realidade, eles são inteiramente transformados pela visão.